Este tema é algo que me deixa inquieta, embora pareça algo simples e que todo mundo sabe, pesquisas apontam que apenas 63% dos recrutadores praticam um processo seletivo humanizado. Por pensar sobre o tema por algum tempo, hoje resolvi escrever um pouco sobre mostrar meu ponto de vista, uma vez que trabalho diretamente com este tipo de ação.

Acredito que seja relevante minha posição sobre a importância do Feedback para o candidato em um processo seletivo, uma vez que este processo não é somente um momento da vida para estes candidatos, trata-se de uma preparação para retomada de suas carreiras, uma reafirmação profissional, uma readaptação no mundo do trabalho, para alguns a manutenção da vida e da família, principalmente para quem está fora do mercado por muito tempo.

Por isso, é de fundamental importância que os profissionais que fazem o processo deste candidato, não fique apenas no bom atendimento ou na passagem das informações, mas que pense na devolutiva final para esta pessoa, seja o resultado positivo ou não.

Penso, que no momento em que o recrutador estipula um tempo para o retorno e não o consolida, há um descontentamento por parte do candidato, além de uma ebulição de sentimentos evocados durante esta espera. Podemos citar aqui dois sentimentos extremante perigosos: o estresse e a ansiedade, os quais mais apresentam-se no decorrer do processo seletivo.

Não posso afirmar ao certo e/ou quantificar em métricas percentuais, mas isso será uma etapa para a nossa próxima discussão, já que não houve uma enquete, mas podemos fazer se for o caso. No entanto, baseio-me por relatos de casos que já acolhi durante algumas seleções.

Sempre tive muito cuidado com relação a esta etapa do processo, aqui venho solicitar aos colegas da Psicologia/ da Administração/ da Assistência Social e tantos outros que atuam na área de Recrutamento e Seleção, seja ele orgânico ou terceirizado, que tenham um olhar mais humanizado em seus processos, pois dentre os benefícios adquiridos com esta atitude, a credibilidade é um dos melhores valores a ser carregado no percurso da vida de quem o faz.

Desta forma você valoriza o outro, está se autovalorizando, além de tornar notória a organização a qual você faz parte.

Concorda? Então vamos a pratica.

Texto escrito pela Psicóloga, Empresária e CEO da Desenvolver Psicologia Integrada Sandra Argôlo

Foto do site: Melhor RH